Os estudiosos quânticos ficaram pasmos ao perceber o quão fundo vai o chamado “mundo de incertezas”. Descobriram que não podemos obter todas as informações sobre uma partícula (por exemplo elétron). Se medimos a velocidade, perdemos a posição, se calculamos a posição, não sabemos o sentido, quando queremos saber para onde vai, perdemos o tamanho, e daí vai. A isto, chamaram de Princípio da Incerteza.
Uma das consequências deste Princípio é que só podemos ter a certeza sobre um fato quando “atuamos conscientemente” sobre ele, medindo-o e experimentando-o. Só então, ele passa a ser parte do mundo REAL na forma como costumamos chamar. Antes, todos os dados sobre o Universo são IMATERIAIS ou meras probabilidades matemáticas. É como estar em uma sala com infinitas portas e saber que, SE resolvermos nos mover para abrir uma delas, todas as outras automaticamente desaparecerão.
Mas a coisa é ainda um pouco mais estranha do que isso. Vamos voltar ao exemplo da partícula. Quando ela está solta no Universo, não temos como saber sua velocidade. Matematicamente, ela pode estar veloz, lenta ou parada… NUNCA saberemos. Há cientistas que chegam a afirmar que sequer há como falar em “velocidade”, pois esta informação ainda permaneceria oculta dentro de um universo paralelo de infinitas possibilidades (“Universo Quântico”). Porém, quando decidimos medir esta velocidade, conseguimos chegar a uma conclusão “física”, como por exemplo, 8 metros por segundo. Mas o curioso, é que esta exata velocidade só “passou a existir” porque houve a medição. Se não tivesse sido medida, ela continuaria “incerta”. É importante se observar aqui, que “incerta” não significa apenas “desconhecida” (certa, mas ainda não medida), mas sim, literalmente “indefinida”, ou seja, a partícula simplesmente não tem uma velocidade específica, mas sim, um conjunto de infinitas velocidades que existem simultaneamente, uma sobre a outra.
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